Peixe

Porto, 1974. Estudou guitarra clássica no Conservatório de Música do Porto, guitarra jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo e pintura na Faculdade de Belas Artes. Foi guitarrista da banda Ornatos Violeta. Em 2002, formou a banda de rock Pluto e o trio de jazz DEP. No ano de 2008, frequentou o 3.º curso de formação de Animadores Musicais, promovido pelo serviço educativo da Casa da Música (CDM), com quem colabora frequentemente. Desde então, dirigiu inúmeros projetos na área da música como forma de inclusão e interação entre comunidades. Neste âmbito e com o apoio da CDM, criou também a OGBE – Orquestra de Guitarras e Baixos Elétricos, projeto que continua ativo. Em 2010, editou o álbum Joyce Alive! com o grupo Zelig, e em 2012, o seu primeiro álbum de guitarra solo, Apneia. Durante o seu percurso musical trabalhou com vários músicos e agrupamentos, tais como: Dead Combo, Drumming, Remix Ensemble, Carlos Bica, Maria João, Joana Sá, Adrien Utley, Zeena Parkins, John Ventimiglia, Perico Sambeat, David Fonseca, entre outros. Como compositor, escreveu a peça Três Histórias (para guitarra elétrica e percussão) para o grupo Drumming e, em parceria com a compositora Ângela da Ponte, Despique (para três bandas filarmónicas). Escreveu também canções para vários intérpretes de música popular. Ao lado do Teatro Bruto e da encenadora Ana Luena, colaborou na criação do concerto encenado Still Frank e assinou a banda sonora das peças Estocolmo e Comida, de Daniel Jonas, assim como de O Filho de Mil Homens e O Amor dos Infelizes, de Valter Hugo Mãe. Para cinema, criou com o grupo Zelig a banda sonora de O Universo de Mya, de Miguel Clara Vasconcelos, e o filme-concerto Bucking Broadway, de John Ford, uma encomenda do festival de curtas-metragens de Vila do Conde. No ano de 2015, editou o seu segundo registo a solo, Motor, e criou a banda sonora da peça É Impossível Viver, com textos de Franz Kafka e encenação de Ana Luena. Já em 2016, assinou a banda sonora da peça Onde o Frio se Demora, de Ana Cristina Pereira, com encenação de Luísa Pinto, e criou o musical O Mundo é Redondo, com texto de Regina Guimarães e encenação de Nuno Cardoso. Na área da dança contemporânea, colaborou com a coreógrafa Joana Providência nos espetáculos Vestígio (2017), Rumor (2018) e Famílias Imaginárias (2021). Em 2017, com o músico Frankie Chavez, criou o projeto Miramar, um duo de guitarras que editou o homónimo disco de estreia no ano de 2019. No Teatro Nacional São João, trabalhou com Nuno Cardoso no espetáculo Lear (2021), de William Shakespeare e já em 2022 no espetáculo Ensaio Sobre a Cegueira de José Saramago, uma colaboração do Teatro Nacional de São João com o Teatro Nacional da Catalunha.